Pterodáctilo Cor-de-Rosa

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Saturday, April 22, 2006

Sorte ou destino?

Não que eu seja, talvez até por não ser, eu adore filmes inteligentes. Cito muito nos meus posts os filmes do Woody Allen, acho que ele tem um olhar privilegiado sobre a nossa existência. Nesse seu último filme. Match Point, Woody muda o seu modo de ver a vida, se antes ele depositava inteira fé nas nossas atitudes como fio condutor do destino, em Match Point Woody passa a ver na sorte um fio condutor invisível da história.

Essa é uma tese interessante: até que ponto nós somos os donos da nossa história, até que ponto nós temos o poder de influenciar o nosso destino. Parece que sempre precisamos contar com a ajuda do imponderável, com a ajuda da sorte, que poderá fazer o jogo pender para o nosso lado ou para o lado do adversário - daí o ponto decisivo, o match point do título do filme.

Eu sempre quis acreditar que, com na fase anterior do cineasta, a sorte era algo irrelevante, algo que não contava no jogo da vida. Hoje, não pelo filme de Woody, mas depois de tantos anos de vida, depois de tantas oportunidades que se decidiram baseadas em detalhes acidentais, não tenho mais certeza absoluta.

Como dizem, não acredito na sorte, mas - just in case - deixa em dar três batidinhas na madeira!