Dois pesos, duas medidas

Um atirador solitário assassinou 33 - incluindo ele próprio - em uma universidade norte-americana no Estado da Virginia. Um crime dessa espécie, assassinato em massa, como era de se esperar chamou a atenção da mídia local e mundial. Motivou um pronunciamente do próprio presidente Bush, além de uma cobertura que se prolongou pelo dia inteiro.

Aqui no Brasil a polícia invadiu um morro no Rio de Janeiro e eliminou 26 supostos traficantes de drogas. E ficamos por aí. O assunto não impressionou ninguém, não exigiu pronunciamento presidencial, nem foi alvo de cobertura maciça da imprensa. A diferença? Além das sete vítimas a menos, esse tipo de assunto aqui já é banal, trivial.

Assisti no jornal da noite aqui o pronunciamento de um desses "entendidos" em porra nenhuma da organização Sou da Paz, colocando a culpa nas armas. Em qual dos casos? Nos Eua onde são completamente liberadas, tem população de 380 milhões, 11 mil homicidios por ano e que fatos dessa natureza são excepcionaais?

Ou aqui no Brasil? Aonde o comércio de armas é controlado, tem a metade da população norte-americana e quatro vezes mais homicidios? Continuam querendo fazer como o marido traído, continuam querendo tirar o sofá da sala!